quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Desenho Infantil

Amigos essa é minha última postagem de 2009... aguardo vocês em 2010. abraços e boas festas
O artigo abaixo foi escrito por mim com base na leitura do livro de Florence de Meredieu, ao qual deixo maiores informações ao final.


O texto de Florence de Meredieu, intitulado “O desenho Infantil” aborda a questão do valor que é dado aos desenhos das crianças.
Hoje em dia por mais que se fale em deixar a criança explorar o mundo artístico, deixar suas marcas no papel, etc, vemos que quando precisa expor algum tipo de desenho das crianças, esse precisa ter uma “estética” que chame a atenção dos apreciadores e isso faz com que muitos professores não aceitem o desenho criado pelas crianças, não busquem entender o que se esconde por trás daqueles traços produzidos pela criança, tão pouco se preocupam em saber que relação afetiva existe entre o desenho e as crianças.


O texto descreve também como se deu a descoberta da originalidade do universo infantil onde durante muito tempo a criança era vista como “pequenos adultos” e sua arte considerada fracasso.

Fracasso porque não se buscava olhar para os progressos, que até então se fazia presente nas crianças e oculto para os adultos.

Buscava-se criar futuros grandes artistas, portanto era fundamental que o desenho se aproximasse do real.

Buscavam criar futuros artistas e para isso era importante que seus desenhos dignassem em aprovação adulta.

É importante saber que precisam ser oferecidos ás crianças diferentes ferramentas para produzir seu desenho, a sua arte.


A frase de Picasso que diz “Antes eu desenhava como Rafael, mas precisei de toda uma existência para aprender a desenhar como as crianças,” comprova-nos que muito temos para aprender com as crianças e muitos outros artistas buscaram entender que noções, “técnicas“ e outros dons se escondem na criança e como elas criam suas obras.

A criança está produzindo arte, arte mesmo quando faz apenas rabiscos (muita vezes circulares) no papel. Buscam representar o seu mundo infantil e por ainda não terem construído um repertório de imagens e nem desenvolvido a coordenação motora necessária para representar suas idéias graficamente elas faz da maneira que consegue. Para muitos adultos isso é pouco, mas se olharmos para o processo de desenvolvimento deste desenho percebemos o quanto é uma fase importante.


Infelizmente quando a criança entra na escola a necessidade da escrita é tão forte que acaba diminuindo o espaço que a criança tem para explorar e desenvolver sua arte.

Quando existe um tempo dedicado a arte, ao desenho, este momento vem com regras e modelos “esteticamente correto”.

Quando se tem contato com a escrita, vemos como desenho e letras se juntam, dando mais originalidade aos desenhos infantis, que tem a capacidade de acomodar diferentes conteúdos aprendidos em um desenho.

Para saber entender a arte das crianças é importante conhecer os estágios do desenvolvimento gráfico que são nomeados “garatuja, garatuja circular, pré esquema, esquema e realismo.”


Garatuja: caracteriza-se pelos rabiscos produzidos pelas crianças.

 
Garatuja circular: também são rabiscos, porém circulares geralmente feitos em sentido contrário aos ponteiros do relógio.


Pré esquema: caracteriza-se pela aparência de que tudo na folha “está voando” casa e sol dividem a mesma linha na folha.


Esquema: A criança já desenha um chão para casa, árvores e bonecos, o que pertence a terra fica na terra e o que é do céu fica no céu.


Realismo: tem as mesmas características do esquema, porém mais rico em detalhes.


É preciso entender esse desenvolvimento, não apenas criticar o desenho das crianças nem tão poucos classificá-los como fracasso, cada novo traçado se faz uma enorme conquista para elas e é de muito valor.


E quando tem a oportunidade de comparar as bolinhas feitas há muito tempo atrás com o boneco que vai representar a mãe, o pai etc, ficam ainda mais felizes em perceber seu progresso.


Precisamos trazer sim pinturas e histórias de grandes artistas, mas não com intuito de fazer com que as crianças sejam copistas das obras e sim que possam ampliar seus conhecimentos artísticos.





Livro de Florence


Editora: Sextante


Autor: FLORENCE MEREDIEU


Edição: 8/2001



sábado, 5 de dezembro de 2009

Pulseirinhas coloridas e o conflito escolar.



Pulseirinhas coloridas causam conflitos em uma escola estadual localizada na periferia de São Paulo.

Pessoas de diferentes lugares do país entraram na moda das novas pulseirinhas, que são feita de silicone e com diferentes cores.
O problema começou a surgir, quando se criou a idéia de que estas pulseirinhas fazem parte de um jogo onde cada cor representa uma tarefa que varia de abraço á pratica sexual entre os participantes.
Diante disso resolvi colher informações para tentar entender, como funciona este “jogo”.
Uma escola estadual localizada na periferia de São Paulo está vivendo um verdadeiro conflito por causa dessas pulseirinhas, uma vez que os alunos usam (muitos sem saber deste suposto jogo) e a escola não aceita.
Perguntei a uma aluna desta escola, como funciona este jogo e ela me respondeu:
“É assim se eu estou usando uma pulseira “AMARELA” e um menino vem e consegue arrebentá-la, sou obrigada a dar um abraço nele, mas ai cada pulseirinha tem a sua cor e significado, falei “AMARELA” porque é a mais leve”
Notei que dentro desta escola as maiores situações de confronto ocorrem na hora do recreio e ao participar deste momento não demorou muito até que uma aluna chegasse até mim questionando:
“Professor Porque não “ta” podendo usa mais estas pulseirinhas?”
Respondi que ainda não sabia de muita coisa.
Ainda no pátio da escola, muitos alunos usavam as pulseiras coloridas, até que apareceu uma moça (que em minha opinião faz parte da equipe de limpeza) com uma tesoura e começou a cortar as pulseirinhas dos braços dos alunos.
Outra aluna chegando perto de mim disse:
"Olha! Olha aqui o que ela fez!
Cortou minhas pulseirinhas, eu comprei com meu dinheiro e não com o dela".
Porque que ela fez isso?
Essas famosas pulseiras geraram um grande problema, uma vez que os alunos mesmo sem saber deste jogo são “tratados como participantes”:
Ou pior os alunos não podem usar algo que provavelmente foi adquirido legalmente.
A pessoa que outrora aparecera com ma tesoura na mão, realmente é integrante da equipe de limpeza, porém nos momentos de recreio ela “se transforma” em inspetora é o que demonstra o relato de outra aluna:
“Ela (a inspetora) venho e puxou o meu braço e cortou minhas pulseiras olha a marca dos dedos dela aqui. Minha mãe virá aqui na escola!”
Perguntei a esta aluna se ela sabia o porquê estavam cortando estas pulseirinhas então ela respondeu:
“Ah, os alunos disseram que essas pulseirinhas têm significados e nas ruas têm pedófilos pegando quem usa essas pulseirinhas.”
Alunos têm suas pulseirinhas cortadas e em todos os outros relatos por mim ouvido, isso ocorreu de maneira agressiva pude ver a marca deixada no braço da aluna.
Será essa a solução? Uma coisa seria a escola proibir o uso notificando aos alunos sobre o porquê será tomada tal medida outra coisa bem diferente é a inspetora sair cortando as pulseirinhas de forma agressiva.
Pelo jeito será esta uma situação, com o em muitos casos, com um longo caminho até chegar ao fim.
De um lado alunos que julgam não estar participando de jogo algum, de outro uma atitude precoce, inadequada e mal planejada e que está sendo executada por uma funcionária sobre o mando de alguém, seriam esse alguém a diretora, coordenadora ou professores? Ainda não se sabe.
Porém com a rapidez que este caso vai se agravando é importante definir quem se pronunciará perante aos pais e alunos explicando o porquê desta atitude.
Precisamos entender que os alunos estão o tempo pensado em um modo de driblar os pais, diretores, coordenadores e/ou professores, neste caso uma medida encontrada por eles foi colocar as pulseirinhas na perna numa medida aproximada de 5 cm acima do calcanhar.
Percebi então que para alguns alunos melhor do que ter as pulseirinhas é poder usá-las quando muitos não podem usar ainda que escondido, pois estão de calças e ninguém vê a pulseirinha ao menos que este queira mostrar.
Sendo assim eu pergunto:
Se amanhã ou depois inventarem um jogo onde a cor da roupa usada significa uma ação para aqueles que conseguirem rasgar, essa inspetora sairá a cortar as roupas dos alunos?
Contudo minha intenção neste artigo, não é me posicionar a favor do uso destas pulseirinhas, tão pouco contra.
Mas sim analisar como a falta de diálogo entre diretor/coordenador/professor/ pais e alunos/filhos é capaz de fazer de uma simples situação, um grande problema que pode muito bem render um processo por lesão corporal.
Segue abaixo o significado de algumas destas pulseirinhas consegui esses significados fazendo pesquisas em diferentes sites e com os alunos por conter uma enorme variedade de cores não encontrei de todas.

Amarela - abraço
Rosa - mostrar o peito
Laranja - dentadinha de amor
Roxa - beijo com a língua - talvez sexo
Vermelha - lap dance (dança erótica)
Verde - sexo oral a ser praticado pelo rapaz
Branca - a menina escolhe o que lhe apetecer
Azul - sexo oral a ser praticado pela menina
Preta - sexo com a menina na posição de missionário

Será mesmo que as crianças estão comprando estas pulseirinhas levando em consideração estes significados? O que você acha?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Blogs viram mania e ajudam a divulgar atividades escolares

Diversas escolas da Rede Municipal de Ensino estão utilizando blogs para a divulgação de trabalhos, notícias e atividades diárias, como espaço para debates e para motivar os alunos a ler e escrever mais. Confira a lista.
Textos, vídeos, fotos, brincadeiras, novidades, programas e até recado aos pais. O conteúdo é vasto e variado, mas espaço não falta quando se cria uma página virtual - o tão conhecido blog. Mania já disseminada em todo o mundo, ele chegou também à Rede Municipal de Ensino, onde é usado para a divulgação de trabalhos, notícias e atividades diárias de escolas, como espaço para debates e para motivar - de uma forma descontraída e atual - os alunos a ler e escrever mais.
Animada com as aulas de Informática Educativa, a professora Gladys Gonçalves mobilizou a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Guimarães Rosa em torno do blog da unidade, o BloGui-Gui, de Guimarães Rosa. Lançada em março, a página já recebeu milhares de visitas.
“Acreditamos que o que é feito na escola tem de ser mostrado”, diz a professora. Para ela, o blog possibilita a interatividade entre os estudantes, além de incentivar a comunicação constante, já que, para atrair visitantes, ele deve estar sempre atualizado. “Entrar em um blog com notícias antigas é desagradável”, lembra.

Feito para os pais:
Já a professora Adelma Alcantara, que dá aula para crianças do 2º estágio na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Sérgio Cardoso, criou um blog com um objetivo diferente: aproximar os pais da rotina de seus filhos na escola. “É uma forma de incentivá-los e ajudá-los a participar mais ativamente do processo educativo das crianças e acompanhar o que se trabalha em classe”, explica Adelma.
A aprovação foi tão grande que a escola já prepara um blog da EMEI. “Eles (os pais) vêm trazer os alunos, me fazem perguntas e sugestões para a página. O próximo passo é fazer uma página para divulgar novidades sobre tudo na unidade”, completa Adelma.
para conhecer o blog da Professora adelma digite o seguinte endereço:
http://professoraadelma.zip.net/
fonte/ leia mais em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=33662

sábado, 21 de novembro de 2009

3 DIAS DE ARTES

Toda criança desenha. Mesmo que não seja adequadamente instrumentada para tal, a criança pequena quase sempre encontra uma maneira de deixar, nas superfícies, o registro de seus gestos: se não tiver papel, pode ser na terra, na areia, ou até mesmo na parede de casa; se não tiver lápis, serve um pedaço de tijolo, uma pedra, ou uma lasca de carvão.

1º Dia- Pedi aos alunos que colorissem uma folha de sulfite com giz de cera, de forma a preencher todo o espaço em branco.


olha a linha...
ficou assim.
Depois propus a organização de uma exposição no tapete da sala de leitura
Perguntei se dava para deixar mais organizado. "Sim" foi à resposta.

E dava mesmo...


2º Dia- Na sala de informática, espalhei algumas placas de E.V.A.
Quando os alunos chegaram, pedi para escolherem uma das placas.
Após entregar a folhas coloridas, dei um pedaço de algodão e pedi que passassem sobre o giz, para tirar "o grosso".



Depois foi entregue a todos os alunos, tinta preta e pincel.
Pedi que cobrissem toda parte colorida com a tinta preta.




Vamos colocar para secar...




3º Dia- Antes de continuar a atividade preparei um teatro de fantoche (usei um fantoche só) e contei uma história sobre "Nino" um garoto que conheceu a casa do "Papai Noel".
Usei um microfone par fazer a voz de "Nino".

 

Depois da história, fomos ao desenho final, onde entreguei as folhas e pincéis.
Disse que tinha que usar o pincel para raspar a tinta, formando o desenho que desejavam.

 




Ficou assim:



quinta-feira, 12 de novembro de 2009



RELIGIÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS:


Religião na escola? Essa pergunta, que poderia parecer extemporânea, ganha agora atualidade,

ao ser recolocada a partir da discussão da implantação do ensino religioso nas escolas públicas.
Hoje, na sociedade brasileira e, particularmente, no Rio de Janeiro, vemos ressurgir esse tema
bastante controverso, que envolve o Estado e a religião, através de uma questão que sempre foi

delicada: a formação básica oferecida pelas escolas públicas e dirigida aos futuros cidadãos deve

incluir ou não a dimensão religiosa? Dito em outros termos, o ensino religioso deve ser oferecido

nas escolas públicas? Se sim, em que moldes? Se não, por quê? Em que medida a idéia de um

 
Estado laico totalmente separado da esfera religiosa é apenas um mito da república brasileira?

Ou, em que medida as conquistas republicanas do Estado laico e da liberdade religiosa têm ainda

lugar na sociedade brasileira?

Um fato ocorrido no Rio de Janeiro, em 2000, se apresenta como um bom caso para pensarmos e

atualizarmos a discussão sobre este assunto na contemporaneidade, na medida em que uma das

suas conseqüências foi um intenso debate público que envolveu não só distintos atores sociais,

como trouxe à tona as mudanças recentemente ocorridas no campo religioso e na relação entre as

esferas pública e privada. Referimo-nos às discussões em torno da aprovação da lei estadual

3.459, promulgada em 14 de setembro de 2000, pelo então governador Anthony Garotinho. Foi

essa lei que determinou a implantação do religioso confessional nas escolas públicas estaduais do


Rio de Janeiro e acabou provocando um amplo debate que envolveu atores sociais distintos que

buscavam trazer para o centro das discussões as principais implicações decorrentes desse

processo.

De fato, o oferecimento do ensino religioso nas escolas públicas não pode ser tratado

simplesmente como mais um componente curricular. Por trás desse tema está encoberta uma

série de questões bem mais amplas, como a que envolve a dialética entre secularização e
laicidade no interior de contextos socioculturais específicos. Ou seja, tal fato nos remete a uma
discussão que emerge da vida pública, desde a instauração da República: a que se refere aos
distintos sentidos atribuídos à noção de laicidade do Estado (especificamente, o estatuto da


religião na escola), bem como ao direito da liberdade religiosa garantido pela Constituição brasileira.
 
leia mais em: http://www.educacao.ufrj.br/revista/indice/numero2/artigos/egiumbelli.pdf

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A arte de encantar contando Histórias.


Iniciando os combinados antes da história (vide texto abaixo)



A ARTE DE ENCANTAR CONTANDO HISTÓRIAS...


Após inúmeras histórias contadas na EMEI “SÉRGIO CARDOSO”, percebi que contar histórias para as crianças embora pareça uma tarefa fácil de realizar o contador de histórias precisa tomar alguns cuidados ao ponto de conseguir dar vida à história, levantar a curiosidade das crianças.


Fazer com que os pequenos ouvintes sejam motivados a querer saber que fim terá a história.


Então segue abaixo alguns tópicos importantes para contar histórias às crianças.


- O modo como os alunos vão se acomodar para ouvir a história, pode ficar a critério dele próprio o importante é que haja respeito e para isso o contador de história deve estabelecer alguns combinados, que serão executados ao longo da história. Os combinados devem ter significados que motive as crianças a exercê-los.


- Mencionar o nome do livro, editora e autor. É importante fazer com que os alunos tenham essa noção de que uma pessoa escreveu aquela história, uma editora publicou no livro “x”.


- Ao longo da história é comum que algumas crianças fiquem dispersar e em muitos casos interromper a história, daí a importância dos combinados, que dará passe para o seguinte argumento: “Antes de começar a história tínhamos combinado que não poderia atrapalhar os colegas, está me atrapalhando também. etc.”,


A criança dificilmente não se sentira motivada para ouvir a história, quando essa for bem escolhida, contada e que tenha significados próximos dos ouvintes.


Mas em ultimo caso se os alunos começarem a não ter muito interesse (difícil acontecer) o contador de histórias pode utilizar de um recurso, apenas para concluir o livro, mas que irá dar umas quebradas no sentido da história esse recurso é dar um clima que será mais ou menos assim:


“Nossa! Acho que isso é forte! Não sei se mostro.”


“Hum, o que vocês acham que vai acontecer agora?”


- Os alunos devem desenvolver um prazer pela leitura, portanto não se deve cometer o erro de após leitura realizar tarefas estereotipadas, “desenhe a parte que você mais gostou”.


Assim contar história não se faz apenas uma rotina, mas sim um instrumento de aprendizagem e desenvolvimento.


Obs. Essas são apenas algumas idéias básicas, claro que outras idéias são aceitas e variações ocorram devido à cultura e realidade de cada um.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

BIOGRAFIA






Profº Max Junior;


Nascido em São Paulo no ano de 1988. De família brasileira, sua infância transcorreu sem problemas, o que lhe permitiu assentar as bases de sua formação intelectual, que mais tarde se revelaria em seus escritos.

O ano de 2005 marcou o inicio de seu trabalho com a educação, por meio de seu trabalho voluntário na EMEI “Sérgio Cardoso”.
Participou do programa “RECREIO NAS FÉRIAS” da prefeitura no ano de 2006 no qual atuou como educador. 
Em 2007, ainda na EMEI “Sérgio Cardoso”, passou a trabalhar como monitor no transporte escolar.

No segundo semestre de 2008 passou a cursar pedagogia pelo INSTITUTO SINGULARIDADES, que hoje esta classificado como o 2º melhor curso de pedagogia no país e no estado de São Paulo de acordo com o MEC.

1º semestre de 2009 deu uma capacitação para professores de uma Creche municipal, usando de oficinas e autores teóricos trouxe novas maneira de pensar sobre o desenvolvimento das crianças.
2º semestre de 2009. No mês de Setembro foi convidado para ser auxiliar de coordenação pedagógica em uma escola particular de Santo Amaro, recusou pois estava envolvido com mais uma de suas pesquisas sobre o desenho infantil e não teria tempo para conciliar tantas tarefas. 
Ainda no segundo semestre de 2009, observou durante 3 meses o trabalho realizado com uma 4ª série de uma escola publica estadual. 
Em 16 de Outubro de 2009, escreveu seu artigo intitulado “Brasil e o fracasso na educação”.
Aos 21 anos de idade, acompanhou o trabalho de uma 3ª série de uma escola municipal e continuou realizando alguns trabalhos pedagógicos na Emei "Sérgio Cardoso".
Em 27 de Março de 2010 foi convidado para dar formação continuada para 15 professores de uma escola pública, na região do Rio Bonito- São Paulo- SP.
Falando sobre o Desenho Infantil trouxe novas expectativas e olhares em relação aos desenhos produzidos pelos alunos.
Atualmente, está com 22 anos de idade e atuando como professor na EMEF "ENGº JOSÉ AMADEI" com uma sala de 1º ano.

"FAÇO PORQUE AMO;
AMO POR QUE FAÇO...
ENSINAR"
Escrito por: Fernando de Oliveira e Olivia Mashisck

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Brasil e o fracasso na educação...





É possível perceber o quanto a educação no país está precária.
Às vezes pelas más condições da escola, às vezes pela falta de interesse dos alunos e também pela má formação dos atuais profissionais que hoje ocupam as salas de aulas onde estão nossas crianças.
Ficou mais fácil mascarar o despreparo dos professores, uma vez que o termo “déficit
de aprendizagem” passou a ser amplamente utilizado, dando origem às doenças que tiram a responsabilidade dos professores e os afastam da sala de aula, ficando para o aluno a responsabilidade pelo fracasso.
Vendo por esse lado a questão da melhoria educacional dependeria então da medicina, ou seja, retiram-se os professores da sala de aula, entra a equipe médica, uma parte desta equipe cuida dos alunos e outra parte cuida dos professores, quando ambos estiverem “curados” sai a equipe médica e entra novamente a dos professores.


O governo por sua vez acabou por abandonar a escola fazendo com que esta seja a única responsável pelo fracasso no ensino.
Pior é saber que os que podem fazer algo, não fazem nada e usam de inúmeras desculpas para explicar a falta de investimento.
Não podemos continuar deixando que “desculpas” como essas sejam o suficiente para explicar o problema da educação... não existe mais tempo para procurar culpados, é hora de encontrar a solução.
Professores, mesmo tendo ensino superior, não são respeitados, não são bem pagos... não são ouvidos.
Melhor formação aos docentes, melhor salário... um olhar mais humano para esta causa!


Professor Max Junior



15 de outubro de 2009

O PROFESSOR SEMPRE ESTÁ ERRADO

Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta às aulas, é um "Caxias".
Precisa faltar, é "turista"
Conversa com outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances dos alunos.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".
É, o professor está sempre errado mas,
se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!


Será que é possivél comemorar o dia dos professores?



As bolas de papel na cabeça,



Os inúmeros diários para se corrigir,


As críticas, as noites mal dormidas...


Tudo isso não foi o suficiente


Para te fazer desistir do teu maior sonho:


Tornar possíveis os sonhos do mundo. (...)
 
Até quando?

meu perfil no orkut.
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=3105826525460219730

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Limites




Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos, os erros de nossos progenitores...

...e com o esforço de abolirmos os abusos do passado...
...somos os pais mais dedicados e compreensivos
mas, por outro lado...
...os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas” do que nós, ousadas, e mais “poderosas” que nunca!
Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais...
... E a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.
Os últimos que tivemos medo dos pais...
...e os primeiros que tememos os filhos.
Os últimos que cresceram sob o mando dos pais...
E os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.
E, o que é pior...
...os últimos que respeitamos nossos pais...
(Às vezes sem escolhas...)
•... E os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.

À medida que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical...
...para o bem e para o mal.
Com efeito, antes se considerava um bom pai, aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens, e os tratavam com o devido respeito.
E bons filhos, as crianças que eram formais, e veneravam seus pais, mas à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo...
...hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeite.
E são os filhos, quem agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver.
E que além disso, que patrocinem no que necessitarem para tal fim.
Quer dizer os papéis se inverteram.

Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso como no passado.
Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “darem tudo”a seus filhos.
Dizem que os extremos se atraem... ...a debilidade do presente os preenche de medo e menos prezo...aos nos verem tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter...
Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais...
... e de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão...
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.
Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando - os...
...e não atrás, carregando - os e rendidos às suas vontades.
Os limites abrigam o indivíduo.
Com amor ilimitado e profundo respeito.






sábado, 19 de setembro de 2009

GRIPE A- PERGUNTAS E RESPOSTAS



PERGUNTAS (P) E  RESPOSTAS (R)

1.- P: Quanto tempo dura vivo o vírus da gripe suína numa maçaneta ou superfície lisa?
 R: Até 10 horas.

2. -P:  Deve-se usar o álcool em gel para limpar as mãos?
R: Sim, pois torna o vírus inativo e o mata.

3.-P: Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?
R: A via aérea não é a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais importante para que se instale o vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos) o vírus não voa e não alcança mais de um metro de distância.

4.-P: É fácil se contagiar em aviões?
R: Não, é um meio pouco propício para ser contagiado.

5.- P: Como posso evitar me contagiar?
R: Não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca. Não estar com gente doente. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.

6.- P: Qual é o período de incubação do vírus?
R: Em média de 5 a 7 dias, e os sintomas aparecem quase imediatamente.

7.- P: Quando se deve começar a tomar o remédio?
R: Dentro das 72 horas os prognósticos são muito bons, a melhora é de 100%

8.-P: De que forma o vírus entra no corpo?
R: Por contato ao dar a mão ou beijar-se no rosto e pelo nariz, boca e olhos.

9.-P: O vírus é mortal?
R: Não, o que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é a pneumonia.

10.-P: Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?
R: Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão.

11.-P: A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?
R: Não porque contém químicos e está clorada.

12.-P: O que faz o vírus quando provoca a morte?
R: Uma série de reações como deficiência respiratória. A pneumonia severa é o que ocasiona a morte.

13.-P: Quando se inicia o contágio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?
R: Desde que se tenha o vírus, antes dos sintomas.

14.-P: Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?
R: De 0%, porque fica-se imune ao vírus suíno.

15.- P: Onde encontra-se o vírus no ambiente?
R: Quando uma pessoa portadora espirra ou tosse, o vírus pode ficar nas superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que houver umidade. Já que não será esterilizado o ambiente se recomenda extremar a higiene das mãos.

16.- P: O vírus ataca mais as pessoas asmáticas?
R: Sim, são pacientes mais suscetíveis, mas ao tratar-se de um novo germe todos somos igualmente suscetíveis.

17.-P: Em qual faixa etária está predominando a manifestação do vírus?
R: De 20 a 50 anos de idade.

18.- P: Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?
R: Mesmo se controlando a epidemia agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode voltar.

19.- P: É útil a máscara para cobrir a boca?
R: Nem sempre. Se você não está doente é pior porque o vírus atravessa como se esta não existisse; e ao usar uma máscara, cria-se na zona entre o nariz e a boca um microclima úmido próprio ao desenvolvimento viral.
Mas se você já está infectado use-a para não infectar os demais, apesar de que é relativamente eficaz.

20.- P: Posso fazer exercício ao ar livre?
R: Sim, o vírus não anda no ar, nem tem asas.

21.-P: Serve para algo tomar Vitamina C?
R: Não serve para prevenir o contagio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.

22.-P: Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível?
R: Ninguém esta a salvo, o que ajuda é a higiene dentro de lar, escritórios, utensílios.

23.-P: O vírus se move?
R: Não, o vírus não tem nem patas nem asas, a pessoa é quem o coloca dentro do organismo.

24.-P: Se vou ao velório de alguém que morreu desse vírus posso me contagiar?
R: Não.

25.-P: Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?
R: As mulheres grávidas têm o mesmo risco mas podem tomar os antivirais em caso de contágio mas com restrito acompanhamento médico.

26.-P: O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com este vírus?
R: Não sabemos que estragos possa fazer no processo, já que é um vírus novo.

27.-P: Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?
R: Não é recomendável, pode ocasionar outras doenças, a menos que você tenha prescrição por problemas coronários, nesse caso siga tomando.

28.-P: Serve para algo tomar antiviraes antes dos síntomas?
R: Não.

29.-P: As pessoas com AIDS, diabetes, câncer, etc., podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia no contágio pelo?
R: SIM.

30.-P: Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?
R: NÃO.

31.-P: O que mata o vírus?
R: O sol, mais de 5 dias no meio ambiente, o sabão, os antivirais, álcool em gel.

32.- P: O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?
R: O isolamento.

33.-P: O álcool em gel é eficaz?
 R: SIM, muito eficaz.

34.-P: Se estou vacinado contra a influenza estacional sou inócuo a este vírus?
R: Não, ainda não existe vacina para este vírus.

35.-P: Este vírus está sob controle?
R: Não totalmente, mas estão tomando medidas agressivas de contenção.

36.-P: O que significa passar de alerta 4 para alerta 5?
R: A fase 4 não faz as coisas diferentes da fase 5, significa que o vírus se propagou de pessoa a pessoa em mais de 2 países; e fase 6 é que se propagou em mais de 3 países.

37.-P: Aquele que se infectou deste vírus e se curou, fica imune?
R: SIM.

38.-P: As crianças com tosse e gripe têm influenza?
R: É pouco provável, pois as crianças são pouco afetadas.

39.-P: Medidas que as pessoas que trabalham devam tomar?
R: Lavar as mãos muitas vezes ao dia.

40.-P: Posso me contagiar ao ar livre?
R: Se há pessoas infectadas e que tussam e/ou espirre perto pode acontecer, mas a via aérea é um meio de pouco contágio.

41.-P: Pode-se comer carne de porco?
R: SIM, não há nenhum risco de contágio.

Nova Ortografia


fonte da imagem: http://novaortografia.com/wp-content/uploads/zzz-mapa-escudo-portugal1.jpg
O que é?

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi elaborado há 18 anos e só agora sai do papel para ser adotado a partir do ano que vem. O objetivo dessa reforma é sincronizar a ortografia de todos os países que falam português, acabando com as diferenças existentes entre eles.

Esse acordo atinge todos os países da Comunidade de de Países de Língua portuguesa, e já foi ratificado por Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Os demais países que ainda não ratificaram o acordo, na teoria, não fazem muita diferença e serão obrigados a usar o nova ortografia, uma vez que basta a assinatura de três integrantes da comunidade para se adotar uma mudança.

No Brasil, a partir de 2009, será adotada a nova ortografia e, entre 2010 e 2012, será o período de transição, onde tanto a ortografia antiga quanto a nova serão aceitas e, a partir de 2012, somente a nova ortografia será aceita.

Fonte:  http://novaortografia.com/o-que-e/
acessado em 19/09/09 ás 16h e 52 min.

O que muda no Brasil
No Brasil, somente 0,6% (aprox) das palavras serão afetadas. Veja abaixo as mudanças:


TREMA
Deixará de existir em todas as palavras (ex: lingüiça será escrito como “linguiça”), com exceção para nome próprios

HÍFEN
Não será mais usado nos seguintes casos:
■Quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente (Ex: extra-escolar será escrito como) “extraescolar”;
■Quando o segundo elemento começar com r ou s. Nesse caso, a primeira letra do segundo elemento deverá ser duplicada (Ex: anti-semita e contra-regra serão escritos como “antissemita” e “contrarregra”;
Outra regra para o hífen é a de incluí-lo onde antes não existia, nos casos em que o primeiro elemento finalizar com a mesma vogal que começa o segundo elemento (ex: microondas e antiinflamatório serão escritos como “micro-ondas” e “anti-inflamatório”.


ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais o acento para diferenciar:
■“pêra” (substantivo - fruta) e “pera” (preposição arcaica)
■“péla” (flexão do verbo pelar) de “pela” (combinação da preposição com o artigo)
■“pára” de “para” (preposição)
■“pêlo” de “pelo” (combinação da preposição com o artigo)“pólo” (substantivo) de “polo” (combinação antiga e popular de “por” e “lo”)


ACENTO CIRCUNFLEXO
Deixará de existir em:
■palavras que terminam com hiato “oo” (Ex: vôo e enjôo serão escritos como “voo” e “enjoo”)
■terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos dar, ler, crer e ver (ex: Lêem, vêem, crêem e dêem serão escritos como “leem”, “veem”, “creem” e “deem”)


ACENTO AGUDO
■Será abolido em palavras terminadas com “eia” e “oia” (ex: idéia e jibóia serão escritos como “ideia” e “jiboia”.
■Nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: “feiúra” e “baiúca” passam a ser grafadas “feiura” e “baiuca”
■Nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem


ALFABETO
O alfabeto agora contará com as letras “k”, “w” e “y”, somando um total de 26 letras

Fonte: http://novaortografia.com/o-que-muda-no-brasil/
Acessado em: 19/09/09 ás 16h e 56 min.

O que muda em Portugal
  Apesar de que em Portugal o número de palavras atingidas será bem maior que no Brasil, as mudanças e as novas regras são mais simples, modificando apenas a grafia.

■Em Portugal será extinto o uso do “c” e do “p” em palavras em que essas letras são mudas (ex: acção, óptimo e acto serão escritos como no Brasil: “ação”, “ótimo” e “ato”).
■Também será extinto o “H” de palavras como herva e húmido, que também serão escritas como no Brasil: “erva” e “úmido”.
 
Fonte: http://novaortografia.com/o-que-muda-em-portugal/
Acessado em: 19/09/09 ás 16h e 59 min.
 
Dupla Grafia
  Apesar de ser um acordo entre os países que falam português, essa reforma ainda permitirá a dupla grafia de palavras que são pronunciadas com entonação diferente em diferentes países.

No Brasil, por exemplo, fenômeno se escreve com acento circunflexo, enquanto em Portugal se usa o acento agudo (fenómeno), e além de escrita de forma diferente é também pronunciada de forma diferente. Em casos como esses, serão aceitas ambas as grafias.

Fonte: http://novaortografia.com/dupla-grafia/
acessado em 19/09/09 ás 17h e 02 min.

Freud

Biografia de Sigmund Freud

(1856-1939)



Sigismund Schlomo Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, Moravia , filho de Jacob Freud e sua terceira esposa, Amalia (vinte anos mais jovem que o marido). A familia falava alemão. Sigi, como era chamado por seus parentes, teve sete irmãos mais jovens.
A constelação familiar era incomum pois, dois meio-irmãos de Freud, Emmanuel e Philipp, tinham praticamente a mesma idade de sua mãe. Freud era ligeiramente mais novo que seu sobrinho John, filho de Emmanuel. Esta situação peculiar pode ter estimulado o interesse de Freud em dinâmica familiar, levando-o às suas posteriores formulações sobre o Complexo de Édipo.
O pai de Freud, um comerciante judeu de posses modestas, levou a família para Leipzig, Alemanha (1859), seguindo para Viena (1860), onde Freud viveu até 1938.
Aos 8 anos de idade, Freud lia Shakespeare e, na adolescência, ouviu uma conferência, cujo tema era o ensaio de Goethe sobre a natureza, ficando profundamente impressionado.
Abreviou seu nome para Sigmund Freud em 1877.
Pretendia estudar Direito, mas decidiu seguir Medicina, interessado na área de pesquisas. Ingressou na Universidade de Viena em 1873. Como aluno, Freud iniciou um trabalho de pesquisa sobre o sistema nervoso central, orientado por Ernst von Brücke (1876), e formou-se médico em 1881. Trabalhou na Clínica Psiquiátrica de Theodor Meynert (1882-83), estudando posteriormente com Charcot (Salpetrière), em Paris (1885).
De 1884 a 1887, Freud publicou vários artigos sobre cocaina (veja livro*).
Casou-se com Martha Bernays em 1886. O casal teve seis filhos (Mathilde, 1887; Jean-Martin, 1889; Olivier, 1891; Ernst, 1892; Sophie, 1893; Anna, 1895). Freud iniciou seu trabalho clínico, em consultório próprio, especializando-se em doenças nervosas. Seu interesse pela histeria* foi estimulado pela hipnoterapia* praticada por Breuer e Charcot (1887-88). Freud mudou-se para um apartamento em Bergasse 19 (1891), que 80 anos mais tarde veio a se tornar The Freud Museum Vienna*(1971).
Freud e Breuer publicaram suas descobertas em Estudos sobre a Histeria (método catártico) em 1895; no mesmo ano, Freud conseguiu, pela primeira vez, analisar um sonho seu, conhecido posteriormente como "o sonho da injeção feita em Irma". Ele também elaborou o rascunho de 100 páginas manuscritas, que só foram publicadas após sua morte, sob o título de Projeto para uma Psicologia Científica (1950).
Nos cinco anos que se seguiram (1895-1900), Freud desenvolveu muitos dos conceitos que foram posteriormente incluídos na teoria e prática da psicanálise.
O termo "psicanálise"* (associação livre) foi concebido por Freud em 1896. Após romper com Breuer, e passando por uma crise, devida à morte de seu pai, Freud iniciou sua auto-análise em 1897, ao examinar seus sonhos e fantasias, contando com o apoio emocional de seu amigo íntimo, Wilhelm Fliess.
A Interpetação de Sonhos ('Die Traumdeutung') , o qual Freud considerou como sendo o mais importante de todos os seus livros*, foi publicado em 1899, com data de impressão de 1900, pois ele queria que sua grande descoberta fosse associada ao início de um novo século.
Seus pares, na área médica, ainda encaravam seus trabalhos com hostilidade e Freud trabalhava em completo isolamento. Iniciou a análise de sua jovem paciente Dora e Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana foi publicado em 1901.
Foi nomeado Professor na Universidade de Viena e fundou a "Sociedade das Quartas-feiras" em 1902 (reunião semanal de amigos, em sua casa, com o propósito de discutir os trabalhos que vinha desenvolvendo), a qual veio a se tornar a Associação de Psicanálise de Viena, em 1908.
Três Ensaios sôbre a Teoria da Sexualidade, Os Chistes e sua relação com o Inconsciente, Fragmento da análise de um caso de Histeria ('Dora') foram publicados em 1905.
Por volta de 1906, um pequeno grupo de seguidores havia se formado em torno de Freud, incluindo William Stekel, Alfred Adler, Otto Rank, Abraham Brill, Eugen Bleuler e Carl Jung.
Sándor Ferenczi e Ernest Jones juntaram-se ao círculo psicanalítico e o "Primeiro Congresso de Psicologia Freudiana" teve lugar em Salzburg, contando com a presença de quarenta participantes de cinco países (1908).
Em 1909, Freud foi convidado por Stanley Hall para proferir cinco conferências, na Clark University (Worcester, Massachussets), baseadas nos seus seis livros previamente publicados (mencionados acima nesta biografia), e Cinco Lições de Psicanálise foi a versão alemã dessas conferências, publicada em 1910. Mesmo tendo sido essa sua única visita aos Estados Unidos da América, essa oportunidade marcou definitivamente sua carreira, ao atrair atenção mundial para seus trabalhos.
O movimento psicanalítico foi sendo gradativamente reconhecido e uma organização internacional, chamada "International Psychoanalytical Association" foi fundada em 1910. A revista de psicanálise "Imago" foi criada em 1912.
Conforme o movimento se difundiu, Freud teve que enfrentar a dissidência entre os membros de seu círculo. Adler (1911) e Jung (1913) deixaram a "Associação Psicanalítica de Viena" e formaram suas próprias escolas de pensamento, discordando da ênfase dada por Freud à origem sexual da neurose.
Início da Primeira Guerra Mundial (1914). Freud recebeu as visitas de Rainer Maria Rilke (1915) e André Breton (1921).
A primeira parte das Conferências Introdutórias sobre Psicanálise foi publicada em 1916. "The International Journal of Psychoanalysis" foi criado em 1920.
Freud descobriu que sofria de cancer da boca em 1923 e, mesmo assim, manteve-se produtivo, durante dezesseis anos, tolerando tratamentos constantes e dolorosos e resistindo a 33 cirurgias.
Os primeiros volumes da Coletânea das Obras de Sigmund Freud surgiram em 1925, época em que estava com sérios conflitos com Otto Rank, devido à teoria do trauma do nascimento. Freud foi agraciado com o "Prêmio Goethe de Literatura", em 1930 e foi eleito Membro Honorário da "English Royal Society of Medicine" (1935).
Hitler tornou-se o chanceler do Reich (1933). A Gestapo investigou a casa de Freud; prendeu e interrogou sua filha Anna durante um dia inteiro. Ameaçado pela ocupação nazista da Áustria (1938), Freud emigrou para a Inglaterra com sua família. Quatro irmãs dele (Rosa, Mitzi, Dolfi e Paula), todas com quase 80 anos, foram deportadas para campos de concentração onde morreram. Por um curto espaço de tempo, ele residiu em 20 Maresfield Gardens, local que 48 anos mais tarde veio a se tornar o Freud Museum London.
Sigmund Freud faleceu (eutanásia - seus últimos dias por Peter Gay), aos 83 anos de idade, no dia 23 de setembro de 1939, em Londres.Seu duradouro legado teve grande influência na cultura do século XX.

TEORIA

INCONSCIENTE, PRÉ-CONSCIENTE, CONSCIENTE

Freud distinguiu três níveis de consciência, em sua inicial divisão topográfica da mente:
consciente - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
pré-consciente- relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
inconsciente- refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo.
Freud desenvolveu a teoria psicanalítica, baseado em sua experiência clínica. O ponto nuclear dessa teoria é o postulado da existência do inconsciente como:

a) um receptáculo de lembranças traumáticas reprimidas;


b) um reservatório de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma disfarçada. Sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo, são exemplos dissimulados de conteúdos inconscientes não confrontados diretamente.
Muitos experimentos da Psicobiologia vêm corroborando a validade das idéias psicanalíticas sobre o inconsciente.

ID, EGO, SUPEREGO

De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.
O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais estão sempre ativas. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.
O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos.
Apenas parcialmente consciente.
O superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

ANSIEDADE


Medo é a resposta emocional a um perigo real. Ansiedade é uma reação de temor ou apreensão diante de situações inócuas ou pode ser uma resposta desproporcional ao grau real de 'stress' externo.
Os sintomas psicossomáticos podem ser: palpitações, boca seca, dilatação das pupilas, falta de ar, transpiração, sintomas abdominais, tremores e tontura. As reações emocionais também incluem irritabilidade, dificuldade de concentração, inquietação e evitação da situação ou objeto temido.
Ansiedade é a expressão sintomática de um conflito emocional interno que ocorre quando certas experiências, sentimentos e impulsos muito perturbadores são suprimidos da consciência.
Mesmo fora da consciência, os conteúdos mantidos no inconsciente retêm grande parte da catexia psíquica original. A liberação de lembranças ou impulsos proibidos, que buscam gratificação, provoca ansiedade por ser ameaçadora para o ego. O mesmo ocorre quando experiências traumáticas, profundamente soterradas, assolam o ego, exigindo uma elaboração mais aprofundada.

MECANISMOS DE DEFESA


Mecanismos de defesa são processos psíquicos inconscientes que aliviam o ego do estado de tensão psíquica entre o id intrusivo, o superego ameaçador e as fortes pressões que emanam da realidade externa.
Devido a esse jogo de forças presente na mente, em que as mesmas se opõem e lutam entre si, surge a ansiedade cuja função é a de assinalar um perigo interno. Esses mecanismos entram em ação para possibilitar que o ego estabeleça soluções de compromisso (para problemas que é incapaz de resolver), ao permitir que alguns componentes dos conteúdos mentais indesejáveis cheguem à consciência de forma disfarçada.
No que tange ao fortalecimento do ego, a eficiência desses mecanismos depende de quão exitosamente o ego alcance maior ou menor integração dessas forças mentais conflitantes, pois diferentes modalidades de formação de compromisso poderão (ou não) vir a tornar-se sintomas psiconeuróticos.
Quanto mais o ego estiver bloqueado em seu desenvolvimento, por estar enredado em antigos conflitos (fixações), apegando-se a modos arcaicos de funcionamento, maior é a possibilidade de sucumbir a essas forças.
Anna Freud em "O Ego e os Mecanismos de Defesa" (1946) [1], formula a hipótese de que o maior temor do ego é o retorno ao estado de fusão inicial com o id, caso a repressão falhe ou os impulsos sejam intensos demais. Para manter o grau de organização atingido, o ego procura proteger-se da invasão das demandas instintivas/pulsionais, provenientes do id, e do retorno dos conteúdos reprimidos.
Assim, em "O Ego e o Id" (1923), Freud diz que a psicanálise é o instrumento que permite ao ego uma conquista progressiva do id.
A psicanálise visa uma transformação paulatina de maiores porções do id em recursos do ego, em seu propósito de tornar consciente o que é inconsciente. Assim, a mente poderá vir a encontrar soluções, previamente inacessíveis ao ego imaturo.

Os principais mecanismos de defesa são os seguintes:


1. Repressão - retirada de idéias, afetos ou desejos perturbadores da consciência, pressionando-os para o inconsciente.

2. Formação reativa - fixação de uma idéia, afeto ou desejo na consciência , opostos ao impulso inconsciente temido.

3. Projeção - sentimentos próprios indesejáveis são atribuídos a outras pessoas.

4. Regressão - retorno a formas de gratificação de fases anteriores, devido aos conflitos que surgem em estágios posteriores do desenvolvimento.

5. Racionalização - substituição do verdadeiro, porém assustador, motivo do comportamento por uma explicação razoável e segura.

6. Negação - recusa consciente para perceber fatos perturbadores. Retira do indivíduo não só a percepção necessária para lidar com os desafios externos, mas também a capacidade de valer-se de estratégias de sobrevivência adequadas.

7. Deslocamento - redirecionamento de um impulso para um alvo substituto.

8. Anulação - através de uma ação, busca-se o cancelamento da experiência prévia e desagradável.

9. Introjeção - estreitamente relacionada com a identificação, visa resolver alguma dificuldade emocional do indivíduo, ao tomar para a própria personalidade certas características de outras pessoas.


10. Sublimação - parte da energia investida nos impulsos sexuais é direcionada à consecução de realizações socialmente aceitáveis (p.ex. artísticas ou científicas).

BLIBLIOGRAFIA

SITE: http://www.geocities.com/mhrowell/paginadefreud.html
Acessado em 19/09/09
as 16h e 05 min.