sexta-feira, 2 de abril de 2010

Olá amigos depois de algum tempo longe deste espaço, retorno Hoje dando continuidade ao nosso assunto anterior, o Desenho Infantil.
Depois de ler Ana Angélica A. Moreira, no livro “O espaço do desenho: a educação do educador” percebi que alguns pontos é necessário compartilhar com vocês aqui.



O texto,O DESENHO É LINGUAGEMescrito por Ana Angélica, mostra o quanto é importante ter um olhar atendo aos desenhos das crianças, o quanto se faz necessário aos educadores, ter a clareza de que assim como a linguagem escrita, o conceito de números, o desenho é uma construção que se desenvolve ao longo da vida, das vivencias das oportunidades.
Oportunidades essas que aos poucos vem sendo abolidas da nossa sociedade, que tanto tem se preocupado com a estética, com a melhor representação dos objetos, do mundo.
Não basta apenas saber que toda criança desenha é preciso entender que esse: “toda criança desenha” trás consigo a idéia de uma construção artística ou não, que precisa ser acolhida pelo adulto de maneira a fazer com essas crianças sintam-se a vontade para produzir desenhos que aos poucos vão ganhando novas formas, estruturas realismo.
Entender que os desenhos são os primeiros sinais de escrita (ou tentativa) produzidos pelas crianças, ajuda ao adulto saber, quais avanços têm os autores dos desenhos, qual período, conhecimento da vida possuem.
O desenho possibilita ainda saber muito sobre a criança, alegrias, tristezas, medos e outros sentimentos podem ser grafados nas superfícies, porém devemos tomar cuidado ao questionar a criança quanto o desenho feito.
A autora aborda ainda uma questão um tanto quanto atual, o momento que “o desenho linguagem se cala”, para tentar entender o porquê o desenho linguagem se cala para algumas crianças, lembremo-nos que todo o desenho é uma construção possível a partir de vivencias e oportunidades, aonde durante essa construção (no começo nem tanto) a criança vai sentindo a necessidade de ser fiel ao observado, imaginado ao que se esta desenhando.
E essa busca incansável pelo fiel, faz com que muitas crianças se angustiem pelo sentimento de fracasso e como se não bastasse, o olhar a postura de muitos professores frente aos desenhos destas crianças fazem com que tenham ainda mais convicção de que não sabem mais desenhar, a incapacidade ganha espaço, entra em cena e tira de muitos seres humanos o prazer e espontaneidade do desenho.
O adulto tem se colocado então como máquina destrutiva, de sonhos, oportunidades, de grandes artistas...
Um olhar incentivador para estas crianças pode ser o suficiente para que as crianças continuem a desenhar... para que o desenho linguagem continue a falar.